Ceratonia siliqua L.
ALFARROBEIRA - Ceratonia siliqua L.
Família: Leguminosae
Nome vulgar: “Alfarrobeira”
Morfologia
Espécie de folha persistente persistente, podendo atingir 10-20 m de altura, com copa ampla e densa e casca acinzentada e lisa. Folhas parapinuladas, com 6-10 folíolos ovalados, de 4-6 cm de comprimento, inteiros, de margem ondulada, glabros e coriáceos. Espécie normalmente dióica e raras vezes monóica. Flores pequenas, imperfeitas, reunidas em ramos axilares. As masculinas com 5 estames e as femininas com um estigma grosso. Fruto: uma vagem de 10-25cm de comprimento, pendente, verde de início, violeta-acastanhada na maturidade, indeiscente.
Ecologia
Espécie típica da flora mediterrânica, de áreas secas e ensolaradas.
Fenologia
Floração de Fevereiro – Abril
Distribuição
Tipicamente a sul do Tejo. Actualmente está distribuída desde o Egipto à Grécia, Sul da Europa, Norte de África e ainda no Sudoeste dos Estados Unidos, Hawai, Austrália e África do Sul.
Utilização
Os frutos são utilizados como alimento (a sua vagem origina uma farinha utilizada como sucedâneo do cacau para fabrico de chocolate), nas rações de animais, fabrico de aguardente, xaropes e produtos farmacêuticos (laxativos no estado verde e antidiarreicos no estado maduro), ornamental (jardinagem).Por sua vez da semente extrai-se o endosperma que tem utilização na indústria alimentar (goma usada em bolos, condimentos, gelados, pudins, cosméticos, tecidos e produtos farmacêuticos) e o gérmen (com cerca de 55% de proteina) na indústria de rações para animais.
Germinação
O teste internacional de germinação de sementes, cujo objectivo é determinar o potencial máximo de germinação de um lote de sementes, não faz nenhuma referência às condições de germinação das sementes de Ceratonia siliqua L.
O mecanismo natural de reprodução desta espécie começa com a queda do fruto maduro (uma vagem) no Outono/Inverno, a partir do qual se produz uma putrefacção da vagem ficando as sementes livres que se distribuem pela manta vegetal. O sucesso de germinação na Primavera seguinte dependerá das condições edafo-climáticos em que decorreu essa putrefacção.
Na reprodução em estufa, acelera-se o processo natural a partir de frutos bem maduros (provenientes de plantas do Parque Natural da Arrábida) de onde se extraem as sementes que são lavadas, secas e armazenadas à temperatura ambiente. Devido à dimensão da semente (5-7mm), a sementeira é feita individualmente em alvéolos com cerca de 800cm3, que foram previamente cheios com substracto adequado (deve possuir uma repartição adequada das fases sólida, líquida e gasosa, conteúdo de matéria seca e matéria orgânica, assim como um adequado pH que deve estar situado entre 5.5 - 6.0). Nestas condições são necessários 30 a 40 dias para a plântula ecludir, e estará pronta para transplante em local definitivo ao fim de cerca de 18 meses.
© copyright: Teresa Antunes e Isabel Sevinate, CBA
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