MURTA - Myrtus communis L

Família: Myrtaceae

Nome vulgar:  “Murta, Murteira"

Morfologia

Subarbusto ou arbusto até 8 m de altura, erecto, muito ramificado, rebentos pubescente-glandulosos; folhas opostas com 2-5cm, ovado-lanceoladas, agudas, não densas, com numerosas pontuações, muito aromáticas quando esmagadas; pedicelos finos, compridos e com duas pequenas brácteas caducas. Flores aromáticas longamente pecioladas, pétalas suborbiculares, brancas. Pseudo-baga com 7-10x6-8mm, largamente elipsóide e geralmente negro-azulada na maturação (murtinho).

Ecologia

Espécie típica da flora mediterrânica, de matos xerofílicos e machiais..

Fenologia

Floração de Maio-Julho.

Distribuição

Centro e Sul, mais raro no Minho e na Terra Quente.

Sul da Europa, Norte de África, Ásia Central e do Sudoeste. Macaronésia (excepto Cabo Verde).

Utilização

Alimentar (aperitivo, um licor obtido por infusão alcoólica dos murtinhos e designado por "arrabidino"); cosmética (óleo essencial obtido a partir das folhas), medicinal (anticatarral e antiséptica); ornamental.

Germinação

O teste internacional de germinação de sementes, cujo objectivo é determinar o potencial máximo de germinação de um lote de sementes, não faz nenhuma referência às condições de germinação das sementes de Myrtus communis L.

O mecanismo natural de reprodução desta espécie começa com a queda do fruto maduro (uma pseudo-baga) no Outono, a partir do qual se produz uma putrefacção ficando as sementes livres que se distribuem pela manta vegetal. O sucesso de germinação na Primavera seguinte dependerá das condições edafo-climáticos em que decorreu essa putrefacção.

Na reprodução em estufa, acelera-se o processo natural a partir de frutos bem maduros (provenientes de plantas do Parque Natural da Arrábida) que depois de secos, são macerados e a mistura (fruto e semente) seca à temperatura ambiente. Devido à pequena dimensão da semente (1-2mm), torna-se moroso o seu processo de separação, pelo que a sementeira é inspirada no processo natural sendo efectuada em caixa, onde previamente se colocou o substracto adequado (deve possuir uma repartição favorável das fases sólida, líquida e gasosa, conteúdo de matéria seca e matéria orgânica, assim como um adequado pH que deve estar situado entre 5,5 - 6,0). Nestas condições são necessários 20 a 30 dias para a plântula ecludir, mais 60 a 90 dias para o seu transplante e mais cerca de 6 meses para plantação em local definitivo.

© copyright: Teresa Antunes e Isabel Sevinate, CBA

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