O Pirelióforo, da autoria do padre Himalaya, consistia num espelho parabólico, com uma superfície reflectora de 80 metros quadrados, formado por 6177 pequenos espelhos que reflectiam a luz do Sol numa cápsula refractária, a qual funcionava como um cadinho, e onde se colocavam os materiais a fundir. O conjunto estava montado numa enorme armação em aço de 13 metros de altura, que acompanhava os movimentos do Sol mediante um mecanismo de relojoaria.
O Pirelióforo constituiu a grande atracção da Exposição de St. Louis e a mais importante novidade científica que a mesma apresentava, razão pela qual o júri lhe atribuiu o Grand Prix , duas medalhas de ouro e uma de prata. A imprensa mundial concedeu um grande destaque à invenção do padre Himalaya, que foi então convidado pelo Governo dos Estados Unidos — que tinha compreendido a importância dos seus inventos, nomeadamente a possibilidade da sua utilização para fins militares — a naturalizar-se americano, proposta que rejeitou por simples dedicação à pátria, não obstante esta nunca lhe terem criado as condições para desenvolver os seus trabalhos de investigação. Para além disso, segundo afirmou por diversas vezes, nunca tinha sido sua intenção utilizar as suas descobertas para objectivos bélicos, mas aplicá-las no desenvolvimento da agricultura e da indústria, procurando ser útil ao seu país.